26 de março de 2010

Léxico

Sou apaixonado por palavras. Nem sempre pelo que significam, mas pelo som, pela semântica, pela história de cada uma ou pelo motivo como as conheci.

"Kitsch", por exemplo, eu adoro. É tão bonita que não sei como pode remeter ao contrário! "Blasé" segue o exemplo: é brilhante, mas seu sentido aponta o inverso.

Diferente de "porão", que me parece traduzir exatamente o que quer dizer.

"Hawaii", pronunciada na língua matriz, merece ser citada. Outra é "café", tão singela que dá vontade de parar tudo e ir buscar um. A própria palavra "palavra" é muito boa. "Perspicaz" e "concomitante" são das melhores, assim como "dialética" e "plasticidade".

"Indubitável", "mordaz", "idiossincrasia", "voyer", "touché", "clímax", "veemente" e "doravante" são de arrepiar. E "techno-pop", embora seja uma expressão e não uma palavra, é sensacional!

Amo escrever também por isso. Às vezes, uma dessas aparece e eu paro tudo só para cobiçá-la. É meio lúdico.

Aliás, "lúdico" é outra que merece destaque em meu léxico de palavras admiráveis. Hoje ela não sai da cabeça, a ponto de eu ficar repetindo-a por aí, como se faz com o refrão de uma música pop.