Sou apaixonado por palavras. Nem sempre pelo que significam, mas pelo som, pela semântica, pela história de cada uma ou pelo motivo como as conheci.
"Kitsch", por exemplo, eu adoro. É tão bonita que não sei como pode remeter ao contrário! "Blasé" segue o exemplo: é brilhante, mas seu sentido aponta o inverso.
Diferente de "porão", que me parece traduzir exatamente o que quer dizer.
"Hawaii", pronunciada na língua matriz, merece ser citada. Outra é "café", tão singela que dá vontade de parar tudo e ir buscar um. A própria palavra "palavra" é muito boa. "Perspicaz" e "concomitante" são das melhores, assim como "dialética" e "plasticidade".
"Indubitável", "mordaz", "idiossincrasia", "voyer", "touché", "clímax", "veemente" e "doravante" são de arrepiar. E "techno-pop", embora seja uma expressão e não uma palavra, é sensacional!
Amo escrever também por isso. Às vezes, uma dessas aparece e eu paro tudo só para cobiçá-la. É meio lúdico.
Aliás, "lúdico" é outra que merece destaque em meu léxico de palavras admiráveis. Hoje ela não sai da cabeça, a ponto de eu ficar repetindo-a por aí, como se faz com o refrão de uma música pop.