20 de junho de 2011
15 de junho de 2011
Já não seria inverno
Do último andar, onde o vento é sempre forte, além de tijolos e telhados, vi os contratos sociais, as pessoas caminhando, o que foi feito de nós.
Estava triste e preocupado com as coisas. Mesmo assim, abri um sorriso. Fechei os olhos e imaginei o quanto seria divertido saltar.
Como tive vontade de saltar!
Estaria livre, leve como um algodão. Voaria rumo ao firmamento. Acabaria o inverno, voltaria o outono. No lugar do frio, folhas dançando.
Mais à noite, ao deitar-se, me livrei do pensamento com música alta e carinho na Duda. E o coração amansou um tiquinho.
8 de junho de 2011
Brief
A gente vai à esquina comprar uma Coca-Cola e quando volta já é meio de semana. Diz "até breve!" para o amigo do ensino médio e sem tempo termina a faculdade. Adota um vira-lata e de repente há pelos brancos no bichinho.
6 de junho de 2011
Conforto
Carlos acorda, vai ao espelho e faz a barba. Precisa correr para dar conta de tudo, e do que ontem não deu. Finalmente faz dinheiro! Com a liberdade cerceada, mas isso já não é problema: integridade começa por pagar as contas. Já não é um menino.
Carlos diz a si que merece tudo o que enfim pode ter. Embora, de fato, não tem nada, a não ser o livro dos dias, a escrita da história.
Carlos é aquele que jurou nunca ser. Resistiu, mas finalmente pertence ao mundo adulto.
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