15 de junho de 2011

Já não seria inverno

Do último andar, onde o vento é sempre forte, além de tijolos e telhados, vi os contratos sociais, as pessoas caminhando, o que foi feito de nós.

Estava triste e preocupado com as coisas. Mesmo assim, abri um sorriso. Fechei os olhos e imaginei o quanto seria divertido saltar.

Como tive vontade de saltar!

Estaria livre, leve como um algodão. Voaria rumo ao firmamento. Acabaria o inverno, voltaria o outono. No lugar do frio, folhas dançando.

Mais à noite, ao deitar-se, me livrei do pensamento com música alta e carinho na Duda. E o coração amansou um tiquinho.