6 de junho de 2011

Conforto

Carlos acorda, vai ao espelho e faz a barba. Precisa correr para dar conta de tudo, e do que ontem não deu. Finalmente faz dinheiro! Com a liberdade cerceada, mas isso já não é problema: integridade começa por pagar as contas. Já não é um menino.

Carlos diz a si que merece tudo o que enfim pode ter. Embora, de fato, não tem nada, a não ser o livro dos dias, a escrita da história. 

Carlos é aquele que jurou nunca ser. Resistiu, mas finalmente pertence ao mundo adulto.