8 de maio de 2010

O fio da vida e o coração

Antes havia cartas, depois e-mails e agora mensagens por celular. A vida tinha modernizado tudo, mas ambos, como se parados no tempo, conservavam o coração lá atrás, quando ainda crianças e sem interesse.

Agora era vida adulta, contas, trabalho, supermercado. O calendário corria e tudo permanecia igual. Mas, no fundo, não era bem assim, contanto que ele visse de outra forma.

Foi quando entendeu o que se passava e deitou, tranquilo, para dormir. Sem pensar. Porque já havia se convencido de que as pessoas não saem, nunca, da nossa vida. E que a teria para sempre, mesmo que não a tivesse nunca mais. Ela estava dentro de si, presa ao fio da vida. Ele sentiu-se perto; perto do coração.