13 de maio de 2010

O barco e eu

Estou no meio do mar sobre um barquinho. Faz frio, muito frio, e me irrito, pois quero voltar à terra firme.

Fechado na campânula dos dias, me sinto estranho. Tenho a nítida impressão de que o mundo gira cada vez mais rápido, e mais rápido que eu.

É quando me vem à cabeça o óbvio e os dias começam a passar devagar: se o barco está à deriva, de nada vale ter pressa. No fundo, é ao sabor do acaso que retornarei. Não há nada no oceano a não ser o barco e eu.

Se é o que me resta, é mais do que preciso.