1 de setembro de 2011

De saída

Viu o cachorro correr alguns metros para colocar as patas sobre sua barriga. Havia se pintado especialmente para a ocasião, escolhera a dedo o vestido florido. Disse qualquer coisa, o apressou, conferiu as horas no celular.

"Não temos todo o tempo do mundo!", argumentou, na tentativa de convencê-lo de que o relógio era importante.

Para ele, oras, sequer precisavam sair: o seis por três da sala era suficiente; ou, ao menos, o bastante para manter o amor próximo e a animosidade longe.