25 de janeiro de 2011

Duda e eu

Sentei ao seu lado, ela deitou a cabeça em mim. Bocejou com a calma de sempre — as mesmas lições de todo dia.

Segurei seu pelo macio. "Os homens lá fora estão encenando", eu disse. Ela me olhou e entendeu, eu sei. "Eles se dizem preocupados com coisas nobres, mas só querem resolver seus problemas individuais".

Percebi ela triste também. Pode não falar, mas entende. Daí resolvi mudar de tom, não gosto de chatear ninguém com minhas coisas. Pedi sua bolinha e tive certeza: há sempre uma patinha na falta de uma mão amiga.