14 de outubro de 2011

Mágica

Imagina-se um palhaço sem maquiagem e aquele nariz redondo e engraçado. Está diante de uma plateia fria, que trata igual a todos: animais, velhos e crianças. Pensa que os homens são todos iguais — portanto, de que adianta a luta pelo amor, de que serve a saudade, o que é importante?

Sente-se nu. Corre em busca de algum remédio ou tira-gosto, e os encontra — placebos em alguma análise, arte, culinária, viagem, religião ou partida. Então, como num passe de mágica, o mundo volta a ter cores.