27 de fevereiro de 2011

O que não se apaga

Se as coisas verdadeiras são aquelas que duram, não é difícil perceber o que vale a pena e o que não. Por esse motivo, e só por esse, é preciso separá-las em categorias distintas: as que merecem crédito e as que não merecem.

Na primeira, o que permanece. Na segunda, o que dura tempo irrisório e se apaga.

Por esse motivo, mas não só por esse, tenho orgulho de tudo o que me dá saudade: prova que o tempo e a luta não foram em vão.

Guardado, como aquelas coisas que ficam numa caixinha de sapato em cima do guarda-roupas, fica o que jamais deixará de ser importante para mim, mesmo que não signifique nada para mais ninguém.

23 de fevereiro de 2011

Tudo solto e sem regra

Bate o pão no leite com café. Vê cimento, areia e água, fala de gesso, cal, bate a pá, sobe um pó, vê pedra e suor, água e sol. Toda manhã pelo amanhã do amanhã. Pela noite da noite.

Tira a camisa, enxuga a testa e olha a saia. Ninguém mais viu? E ninguém trouxe a malvada? Sem ela o dia é mais longo!

Feijão e arroz, batata e água. Baita sol, tijolo que não termina, tarde que não se vai. Risos, sonhos, futebol e carnaval.

Guarda tudo. Banho, jornal, cama e namorada. Um sonho sem regra. E o dia nasce de novo.

19 de fevereiro de 2011

Perspectiva

Não é fácil, mas é útil e torna o mundo melhor. Aquele momento, como disse Gramsci, em que o velho ainda não morreu e o novo ainda nasce, é a causa e a solução de tudo.

Não fosse assim, ainda estaríamos grunhindo em cavernas.

13 de fevereiro de 2011

Limite

Até onde sei é até onde posso.