26 de janeiro de 2011

Dois

Giuseppe e Anita, John e Yoko, Lampião e Maria Bonita, Lancelot e Guyenivere, Júlio César e Cleópatra, Sartre e Simone, Perón e Evita, Tristão e Isolda, Tomas e Tereza...

Na realidade e na ficção, para o coração, dois sempre é um. E só se vê casa e abrigo, sendo a casa qualquer canto e o abrigo, um abraço.

25 de janeiro de 2011

Duda e eu

Sentei ao seu lado, ela deitou a cabeça em mim. Bocejou com a calma de sempre — as mesmas lições de todo dia.

Segurei seu pelo macio. "Os homens lá fora estão encenando", eu disse. Ela me olhou e entendeu, eu sei. "Eles se dizem preocupados com coisas nobres, mas só querem resolver seus problemas individuais".

Percebi ela triste também. Pode não falar, mas entende. Daí resolvi mudar de tom, não gosto de chatear ninguém com minhas coisas. Pedi sua bolinha e tive certeza: há sempre uma patinha na falta de uma mão amiga.

21 de janeiro de 2011

A aventura

Sentaram-se, as três, em dois puffs. Uma se apossou do controle, comentando sobre o filme. "É dos melhores do Antonioni". Outra lembrou-se do chocolate quente.

Tiveram outra ideia, jogaram almofadas pelo chão e sentaram-se sobre elas, felizes. As três se entreolharam, e alguém tomou voz. "Aperte o play".

19 de janeiro de 2011

Estrada

É preciso cumprir o itinerário, e o tempo não é ruim. Traz calos e rugas, mas as maiores verdades estão nas coisas que marcam.

5 de janeiro de 2011

2011

Outro ano. Aqui está tudo bem e espero que aí esteja também!